quarta-feira, 8 de junho de 2011

Qual tem sido o seu deserto?

Significado de Deserto
s.m. Região árida, coberta por um manto de areia em que é quase absoluta a ausência de vida.
Adj. Desabitado: ilha deserta.
Vazio, pouco freqüentado; ermo; solitário; abandonado.


A Bíblia nos aponta que Deus esteve, está e para sempre estará no controle de todas as situações e nos conduz rumo à eternidade. O fato é que neste percurso há uma bifurcação na qual todos, sem exceção temos obrigatoriamente de parar e decidir qual o caminho seguir. Um deles leva ao céu, o outro, ao inferno. Ao optarmos pelo primeiro, temos a certeza de que Jesus já trilhou esse caminho e nos promete que caminhará conosco até que completemos a jornada. Mas, se optarmos pelo segundo, a Bíblia diz: “Uma vez que eles (homens) não se importavam em reconhecer Deus, Deus desistiu deles e os deixou por conta própria. A vida deles agora é uma confusão só, um mal que desce ladeira abaixo. Eles tomam à força o que é alheio, são ambiciosos e caluniadores. Cheios de inveja, violência, brigas e trapaças, fizeram da vida um inferno... Pior ainda, premiam quem faz as piores coisas com eficiência” (Romanos 1.28-32).

Em sua primeira Carta aos Coríntios, no capítulo 10.1-13, Paulo, o apóstolo, nos relembra a história de Israel. Essa história nos revela alguns pontos importantes de observação. Paulo ressalta que a história humana nos serve de fonte de aprendizagem. Depois relembra que estamos em transição. E nessa condição passamos por vales, terríveis desertos, passamos pelo fundo do mar, passamos por águas. Mas, em todas elas, somos guiados e conduzidos milagrosamente, comendo e bebendo a comida e bebida providenciadas diariamente por Deus. E, mais uma informação. Esse percurso é o itinerário traçado por Deus para nos transportar da morte da escravidão para a vida de salvação.

No entanto, Paulo adverte que para aqueles israelitas, experimentar as maravilhas e graça de Deus não pareceu significar muito, porque muitos deles foram vencidos pela tentação no terrível deserto, e Deus não ficou satisfeito. E o resultado de tal insatisfação foi Deus espalhar seus corpos pelo deserto.

Mas não tem que ser assim. Uma vez que a história é para nos ensinar, o que ela ensina é: Precisamos estar atentos para nunca sermos apanhados trilhando um caminho próprio, como eles fizeram. Para não colocarmos o nosso coração em coisas más. Pois, os maus desejos, a murmuração, a carnalidade, os prazeres mundanos e a autoconfiança sempre nos levam à queda. Paulo, o apóstolo, diz aos romanos: “todos pecaram e não são capazes de merecer o louvor de Deus” (Romanos 3.23) e “O que as pessoas merecem com o pecado é a morte...” (Romanos 6.23a). Devido a essa condição devemos buscar pela proteção divina. Clamar pela fidelidade e misericórdia de Deus e nos assegurarmos, pela fé, às promessas de que Ele não nos permitirá sermos tentados além do que podemos suportar e que ao sermos tentados, com a tentação Ele mesmo nos providenciará o escape. Com que finalidade? De sermos capazes de suportá-la.

Esse texto diz que Deus nos proporciona o escape às tentações. Não diz que é Ele quem nos tenta. Tiago, irmão carnal de Jesus, em sua carta escreve: “Ninguém ao ser tentado diga: “Estou sendo tentado por Deus”. Deus não pode ser tentado pelo mal, e Ele mesmo não tenta ninguém. Cada pessoa é tentada ao ser arrastada e atraída pelo engano do seu desejo. Então, tendo sido concebido, o desejo dá a luz o pecado; e, quando o pecado cresce plenamente, dá à luz a morte” (Tiago 1.13-15).  A Bíblia relata episódios nos quais a presunção, o descuido, a negligência, deram ocasião ao pecado. E o pecado levou à degeneração humana, e dessa, à morte.

Adão e Eva. Deus o criou Adão à Sua imagem, conforme à Sua semelhança. Não satisfeito e atento às suas necessidades declarou: “Não é bom que a pessoa fique só...” (Genesis 2.18a) mas, não achou companhia adequada. Por isso: “Deus fez um sono profundo cair sobre a pessoa; e enquanto ele dormia, Deus tirou uma de suas costelas e fechou com carne o local de onde a tirou. Da costela que Deus tirou da pessoa, criou uma pessoa do sexo feminino; e a levou à pessoa do sexo masculino. A pessoa do sexo masculino disse: “até que enfim! Esta é osso dos meus ossos e carne da minha carne. Ela deve se chamar Mulher, porque foi tirada do Homem”” (Genesis 2.21-23). Fato muito importante nesse texto. A palavra hebraica para homem é ish e a palavra hebraica para mulher é ishah. Ishah é mulher que foi tirada do homem. Razão pela qual o homem deve deixar seu pai e mãe e se unir à sua mulher. Pois aí, ambos se tornarão uma só carne e, mesmo nus, o homem e a mulher não se envergonham.

Mas, logo após esse glorioso episódio, a mulher sai, a serpente se aproxima, começa um longo dialogo, surge a proposta de que seriam iguais a Deus, a tentação aflora e... queda. A mulher come o fruto que lhe fora proibido e dá também ao seu marido. Nessa seqüência há uma avalanche de decadência pois, começaram a se envergonhar de estarem nus. Começaram a querer resolver e solucionar suas necessidades ao seu próprio modo. Ao invés de apresentarem-se a Deus, optaram por esconderem-se. Mas desse momento em diante o homem passou a desvalorizar a mulher. Pois de ishah chamou-na Havah (Eva) que quer dizer vida. Ou, a mãe dos meus filhos. Ou, a mãe dos seres vivos (Genesis 3.20) e essa degradação não parou por aí. Desceu até ao ponto em que Paulo escreveu aos Romanos: “... pessoas que, motivadas por sua injustiça, mantêm a supressão da verdade... apesar de saberem quem Deus é, não o glorificam como Deus, nem lhe agradeceram. Ao contrário, tornaram-se fúteis em seu pensamento; e seu coração obtuso anuviou-se. Alegando-se sábios, tornaram-se tolos!... esta é a razão de Deus lhes ter dado paixões degradantes...” (Romanos 1.18-27).

E a Bíblia segue cheia de maus exemplos:
  • Miriã e Arão (Números 12.1-10): preconceito, inveja, ciúmes, auto-exaltação, prepotência, conchavo contra a liderança de Moisés.
  • Sansão (Juízes 13-16): nascido e separado por Deus para ser Nazireu e libertador do povo de Deus. Era mulherengo, vingativo, adultero, insubordinado.
  • Davi (II Samuel 11): Usou seu poder de Rei para ser indiferente à guerra. Não se ocupou do que era bom. Com a mente desocupada, ocupou-a com a beleza da mulher de Urias: viu, desejou, pediu informações, quis conhecer pessoalmente, se deitou com ela, engravidou-a, tornou-se homicida.
Há muitos outros maus exemplos por toda a Bíblia. Todos de pessoas que cederam à tentação por estarem se sentindo: auto-confiantes, por preferirem a carnalidade e os prazeres mundanos a estarem no centro da vontade de Deus. Por decidirem pelo dialogo com o diabo em lugar de fugirem dele e resistirem-no. E, por negligenciarem o propósito ao qual Deus os tinha chamado.

Mas, há ocasiões em que Deus permite que passemos por diversas e dolorosas provações. Essas têm por objetivo sermos aperfeiçoados na justiça. Possamos fortalecer nossos irmãos e ainda para que sejamos exemplos para a gloria de Deus a exemplo do que aconteceu com Pedro, o apóstolo. Jesus lhe disse: “Simão, fique firme! Satanás fez o que pode para separar você de mim, assim como se separa a palha do trigo, mas orei por você em particular, para que você não desanime nem desista. Quando passar por alguma provação, pense em seus companheiros e fortaleça-os” (Lucas 22.21-32) e depois, o próprio Pedro declara: “Mantenham-se sóbrios e alertas! O adversário, o inimigo de vocês, aproxima-se sorrateiramente e, como leão que ruge, procura alguém para devorar. Resistam-lhe, firmes na confiança, sabendo que os irmãos que vocês têm em todo o mundo estão passando pelos mesmos tipos de sofrimento” (I Pedro 5.8-9). Só mesmo alguém que tenha sofrido pode manter-se confiante e pode confortar e incentivar os demais a permanecerem fieis.

Em geral, quando estamos atravessando um deserto em nossas vidas a pergunta imediata e incessante é: o que fiz de errado? Ou, o que deixei de fazer? Por que estou aqui? Dentro dessa linha de passarmos pelo deserto para que sejamos aperfeiçoados na justiça ou, para que possamos fortalecer nossos irmãos e, ou ainda para que sejamos exemplos para a gloria de Deus, a Bíblia cita outros exemplos:
  • Abel e Caim (Genesis 4.1-8): dois irmãos. Os dois foram ofertar a Deus. Caim apresentou a Deus uma oferta da sua produção. Abel, ao contrário, tirou sua oferta dos primeiros animais nascidos em seu rebanho, carne de primeira qualidade. Resultado, Deus gostou de Abel e sua oferta. Mas Caim e sua oferta não foram aprovados. Conseqüência: Caim ficou irado e matou seu irmão. O que Abel fizera de errado? Nada. Então, por que morreu? Por que Deus permitiu? Ele não estava vendo? Sim. Estava vendo. Abel morreu para nos servir de exemplo de que quando não atendemos a voz de Deus, tal qual Caim: “O pecado está à sua espera, pronto para atacá-lo. Ele o deseja, mas você pode dominá-lo” (Genesis 4.6), nos tornamos homicidas e suicidas.
  • Jó. No primeiro capítulo de seu livro, vemos o próprio Deus dando testemunho dele: justo, orava por si e pelos filhos, caso esses pudessem ter cometido algum pecado... ao final do primeiro capitulo, não tinha mais nada. Estava arrasado. E passou assim por muitos e muitos anos. Por que? Ele mesmo nunca descobriu a razão. Mas uma coisa ele descobriu dessa experiência dolorosa: “Eu tinha ouvido falar de ti com meus ouvidos, mas agora os meus olhos te vêem; portanto, detesto a mim mesmo e me arrependo no pó e na cinza” (Jó 42.5-6).
Não sei em que situação você se encontra. Nem em que ponto do seu deserto. Uma coisa eu sei: se optar andar sozinho, seguindo seu próprio rumo e sorte o destino é morte. Morte eterna. Separação total e eterna de Deus. Por outro lado, se optar por andar com Jesus trago boas noticias: 

“Deus é forte e quer que vocês sejam fortes. Tomem tudo o que o Senhor providenciou para vocês – armas eficazes, feitas com o melhor material. Vocês terão de usá-las para sobreviver às emboscadas do diabo. Não se trata de um jogo com amigos no final de semana, uma diversão esquecida em poucas horas. É um estado de guerra permanente, uma luta de vida ou morte contra o diabo e seus anjos. Estejam preparados. Vocês lutam contra algo muito maior que vocês. Por isso, vistam toda a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecer inabaláveis, depois de terem feito tudo. Assim, mantenham-se firmes, cingindo-se com o cinto da verdade, vestindo a couraça da justiça e tendo os pés calçados com a prontidão do evangelho da paz. Além disso, usem o escudo da fé, com o qual vocês poderão apagar todas as setas inflamadas do maligno. Usem o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus. Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e suplica; tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração” (Efésios 6.10-18).

Que Deus o abençoe!

E veja bem: se julgas estar firme, cuide-se para que não caia! Se está caído e derrotado, Jesus disse: “O Filho do Homem veio para dar a sua vida em resgate por muitos” (Marcos 10.45)

Em Cristo,  

Paulo O. Junior


domingo, 22 de maio de 2011

Rebeldia x Obediência

A Bíblia, de livro em livro, de autor a autor é conclusiva no seguinte: Deus é o mesmo ontem. É o mesmo hoje. E, é o mesmo amanhã e para todo o sempre. Em toda a narrativa podemos perceber que Deus sempre agiu em favor de seu povo. Hoje, em pleno século XXI, nós que vivemos na transição entre os séculos XX e XXI, temos ouvido muito sobre o estarmos vivendo a “Era da Graça”.
Pessoalmente, a partir de minha leitura da Palavra de Deus, creio piamente que a Bíblia, como um todo, só trata de expressar a Graça de Deus. Vemos essa graça revelada desde o momento e que Deus deliberou, espontaneamente criar o mundo e tudo o que nele há e decidiu em um “Concilio Celestial” formar o homem. Mas, aí que vem o ápice: resolveu formar o homem à sua imagem, conforme a sua semelhança. Feito isso, deu-lhe o livre arbítrio, deixando-o livre para amá-Lo ou rejeitá-Lo.
Desse momento em diante passou então a mostrar mais graça, pois buscou continua e diuturnamente desenvolver um relacionamento íntimo e pessoal com o homem que criara. Relacionamento esse caracterizado não pelo fato de a criatura se auto-evoluir até ao status de poder ter as condições e as qualificações ideais para que pudesse adquirir os méritos que lhe permitiria aproximar do seu Criador. Ao contrário. Todos os dias era o Criador quem se “rebaixava” e deixava seu trono e vinha até ao homem para poder falar-lhe e ouvir-lhe. Caminhar com. Assentar-se com..., ou seja, relacionar-se pessoal e amigavelmente com a criatura.
Mas a criatura, dotada do livre arbítrio, desde sua formação passou a ter que tomar decisões, pois seriam essas que formariam sua história. Assim sendo, em seu primeiro dilema entre obediência e rebeldia, optou pela rebeldia. Resolveu que não bastava ser apenas amigo de Deus e uma vez que era “livre”, decidiu duvidar do seu Criador e amigo íntimo, para dar ouvidos àquele que só queria ver essa harmonia desfeita. Logo, tendo sido tentado, interessou-se pela proposta de “ser igual a Deus”, cedendo assim à tentação. O resultado? Condenou-se a si mesmo e consigo toda a raça humana.
Fico pensando que Deus, em sua onipotência, poderia fulminar sua criatura. E estaria em seu total direito. Ou, poderia exercer todo o seu poder e forçar o homem a amá-Lo. Mas não. Deus, o Criador, é amor. Repito: Deus é amor. Ele não tem amor. Ele não age com amor. Ele não tem atitudes de amor. Não. Ele é o próprio amor. E, sendo amor, o que Ele podia fazer por sua criatura? Demonstrar amor.
Assim, ao invés de punir, decidiu por agir com tão grande graça e misericórdia. Essa graça levou-o a tirá-lo do Jardim do Édem, para que agora, em pecado e conhecedor do bem e do mal, não comece o fruto da árvore da vida e vivesse eternamente nessa condição: a de pecador.
Assim, a partir desse fatídico episódio, vemos o seguinte ciclo: Deus manifesta seu amor incondicional e o homem se rebela rejeitando-o. Deus busca ter um relacionamento íntimo e pessoal com o homem e o homem evita-O e busca para si outros deuses e faz de si mesmo um deus. Deus diz: entregue a mim os seus caminhos e cuidados, mas o homem busca “parcerias” entre os inimigos de Deus: bruxarias, idolatrias, feitiçarias, luxurias, roubos, assaltos, assassinatos...
Mas, graças a Deus, que é longânimo e riquíssimo em nos perdoar, não leva em conta nossos atos de loucura. Mais ainda, Ele nunca desiste de nós e é nisso que podemos e precisamos nos agarrar. Como diz o profeta Jeremias: “... mas há outra coisa que lembro e ao lembrar, continuo agarrado à esperança: o amor leal do Eterno não pode ter acabado. Seu amor misericordioso não pode ter secado. Eles são renovados a cada manhã. Como é grande a tua fidelidade! Eu me apego ao Eterno (digo e repito). Ele é tudo que me restou” (Lamentações 3.22-24). O próprio Deus diz, através do profeta: “Clame a mim e eu responderei e lhe anunciarei coisas grandiosas e insondáveis que você não conhece” (Jeremias 33.3). E diz mais: “Sei o que estou fazendo. Já planejei tudo, e o plano agora é cuidar de vocês! Não os abandonarei. Meu plano é dar a vocês o futuro pelo qual anseiam” (Jeremias 29.11).
Veja bem: Deus nos convida à obediência. E obedecer é confiar em seu amor e em seus planos para cada um de nós. É nos render, declarando nossa derrota, diante de seu imenso amor. É confessarmos que nós mesmos, pelas nossas próprias forças, no máximo, seremos pessoas bem intencionadas. O contrário disso, o próprio Deus chama: Rebeldia.
O profeta Isaias, registrou assim as palavras de Deus: “Ai dos filhos rebeldes! É o decreto do Eterno. Vocês fazem planos, mas não são meus planos. Vocês fazem negócios, mas não pelo meu Espírito. Vocês amontoam pecados, um pecado sobre o outro. Vão para o Egito e nem me consultam. Correm para buscar a proteção do faraó, esperando encontrar esconderijo no Egito. Bem, alguma proteção o faraó vai oferecer... eles se mostram grandes e importantes... quem for tolo o bastante para confiar neles logo perceberá sua tolice. É tudo blefe, não há consistência, uma farsa constrangedora” (Isaias 30. 1-5).
Confiar em Deus e obedecê-lo gera a sensação de impotência. Buscar fazer as coisas com as próprias mãos, gera a sensação de poder, controle e isso leva ao orgulho pessoal. Besteira. Jesus disse que quem quisesse ganhar sua vida, iria perdê-la. E Pedro, o apostolo, é categórico: “...Deus é contra os orgulhos, mas tem prazer em pessoas simples. Portanto, contentem-se com o que são e não empinem o nariz. A mão de Deus é forte e está sobre vocês. Ele os exaltará no tempo certo. Vivam livres de preocupação na presença de Deus: Ele toma conta de vocês” (I Pedro 5.5-7).
Não há nada que possamos fazer para salvarmo-nos a nós mesmo. E, qualquer coisa que façamos constitui em presunção e rebeldia. Paulo, o apóstolo, é enfático quando escreve aos Efésios ao afirmar: “Agora Deus nos tem onde sempre quis. Tanto neste mundo como no próximo, Ele (Deus) quis derramar sobre nós graça e bondade, em Cristo Jesus. A salvação foi idéia e obra d’Ele. Nossa parte em tudo isso é apenas confiar n’Ele o bastante para permitir que Ele aja em nossa vida. É um imenso presente de Deus! Não somos protagonistas nessa história. Se fosse o caso, andaríamos por aí nos vangloriando do que fizemos. Não! Nada fizemos, nem nos salvamos. Deus fez tudo e nos salva. Ele criou cada um de nós por meio de Cristo Jesus...” (Efésios 2.7-10).
Há um ditado popular que diz: “Manda quem pode. Obedece quem tem juízo”. Então, você decide: obedecer ou rebelar-se?
Permita-me um conselho: Obedeça. Sabe por quê? “...a rebeldia é como o pecado da feitiçaria...” (I Samuel 15.23), mas a obediência... ah! Essa sim agrada a Deus! E, uma vez estando alegre Ele diz: “Sejam fortes. Sejam corajosos. Não se deixem intimidar... porque o Eterno, o seu Deus, está, a passos largos, à frente de vocês. Ele está no meio de vocês: não os deixará nem os abandonará” (Deuteronômio 31.6). E, se não bastasse, o salmista nos desafia: “Deleite-se no Senhor, e Ele atenderá aos desejos do seu coração. Entregue o seu caminho ao Senhor; confie n’Ele, e Ele agirá” (Salmos 37.4-5).
Em Cristo,
Paulo O. Junior

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Cristo: O nosso único mediador

Interessante é o fato de que sempre estamos em busca de segurança e conforto. Ora depositamos toda a nossa esperança em coisas: carro novo e melhor, casa nova e maior... mas, invariavelmente nossas maiores expectativas se voltam para nossos governantes. Esperamos deles as leis que farão com que ao menos cheguemos próximo da igualdade social, da segurança publica ideal, do padrão de saúde desejável...
Paulo, o apostolo, escrevendo a Timóteo em sua primeira carta, no capitulo 2, recomenda que se faça suplicas, orações, intercessões e também ações de graça por todos os homens. Também pelos Reis (presidentes, governadores, prefeitos...) e por todos quantos exercem autoridade sobre nós. Pois a finalidade disso é: termos uma vida tranqüila e pacifica, com toda a piedade e dignidade.
Por que Paulo diz isso? Porque todos os homens, apesar de seu status quo, são somente homens. E, sendo homens são pecadores. E nessa condição, são carentes da gloria de Deus. E assim sendo, não têm a menor chance de poder estabelecer ponto de apoio, equilíbrio ou sequer dar a possibilidade da tão almejada segurança.
Ao contrario, nos versos seguintes: I TIM. 2:3-6 Paulo faz as seguintes afirmações:
1)    Deus é o Deus verdadeiro.
2)    Deus é o nosso salvador, preservador e libertador.
3)    Deus está pronto, disposto e inclinado a salvar e resgatar da incredulidade, para preservar são e salvo a todos os homens, para que esses caminhem e alcancem, sem mentira nem engano o conhecimento verdadeiro e profundo de toda a Verdade.
4)    Temos apenas o único e verdadeiro Deus (veja que o artigo é definido: O e não indefinido: Um).
5)    Temos apenas um Mediador, aquele que se interpõe e age entre as duas partes: Deus, o verdadeiro Deus e os homens. Esse único mediador é O Homem Cristo Jesus.
6)    Jesus, para se tornar o único mediador doou a si mesmo. Assim, tornou-se o autor do único meio para que possamos ter a liberdade. Ou seja, Jesus se fez o pagamento pelo resgate em favor de todos os homens.
Diante dessas afirmações nós vemos quão poderoso é o nosso Único e verdadeiro Deus e o quanto Ele é amoroso. Não há limites para o seu agir. Tudo isso tem como finalidade um único objetivo: seu desejo de que todos os homens sejam salvos.
Mas, há uma observação importantíssima: Deus, o Deus verdadeiro é soberanamente livre. E nessa soberania, deu ao homem o livre arbítrio, o que o impede de enfiar no homem goela abaixo o desejo de amá-lo, respeitá-lo e de aceitar, que na condição de pecador precisa de um mediador. E esse mediador, o único capaz de intervir entre Deus e o homem é somente Jesus. Somente o homem pode decidir aceitar ou rejeitar tão grande amor.
Por isso, quero concluir dizendo: se hoje ouvirdes a Palavra de Deus, não endureça o seu coração.
No amor de Cristo,
Paulo O. Junior

Hoje, qual Jesus você escolhe?

A vida é feita de escolhas. Somos hoje, o resultado das escolhas de ontem e seremos amanhã o que escolheremos hoje. Isso não é nenhuma novidade. É assim desde que o mundo é mundo.
Desde o momento em que acordamos, escolhemos: levanto ou continuo deitado? Tomo um banho ou simplesmente troco de roupa? Uso uma roupa mais clássica ou vou no estilo mais esportivo? E assim, em todos os dias e o dia todo tomamos intermináveis decisões frente às varias opções que disputam por nossas escolhas.
Mas, há uma escolha que é de vida ou morte. E essa escolha, oferecida por Pilatos aos judeus, há mais de 2000 anos, ainda hoje ecoa e de cada um de nós é exigido que nos posicionemos: “qual destes vocês querem(...) (Jesus) Barrabás ou Jesus, chamado Cristo?” (Mateus 27.17)
Nessa semana a comunidade cristã celebra o que se convencionou chamar de “A semana Santa”. Semana na qual comemoramos a morte, sepultamento e ressurreição de Jesus. Então, começando com a sexta-feira da paixão chegamos ao domingo de páscoa. O ápice do cristianismo, pois a páscoa nos apresenta duas verdades: a primeira, é que Jesus venceu a morte e hoje vive e pode dar vida a todo o que nele crer; a segunda, é que em Jesus somos livres do poder do pecado e da morte. Portanto, mais que vencedores!
Particularmente, não sei como e nem quando aconteceu. Mas, falando em escolhas, em algum momento da historia, escolheram mudar a temática do evento páscoa. E ao invés de celebrar a morte e ressurreição de Jesus, escolheu-se comemorar o surgimento do coelho. Ao invés do sangue do único justo, chocolate.
Episodio semelhante aconteceu, quando da pergunta de Poncio Pilatos. Havia na época dois Jesus. Um era o Jesus Barrabás. Outro o Jesus, chamado Cristo. Ambos notórios e populares entre o povo. Mas, um era um e o outro era outro.
Jesus Barrabás, cujo nome significa “filho de um pai”, ou, “filho de um mestre”, talvez “filho de um rabino”, era violento, pervertido, assaltante e assassino. Estava preso devido ao fato de se ter amotinado numa rebelião contra o Império Romano e no clímax dessa rebelião, ter assassinado duas pessoas. Era um completo egoísta, sem qualquer altruísmo.
Jesus, chamado o Cristo, é o Messias. O Emanuel, o Deus conosco. É o príncipe da paz. Maravilhoso conselheiro, Deus forte, Pai eterno. Aquele de se fez pecado por nós. Aquele que tomou sobre si as nossas dores.
Ambos tinham uma proposta de reino. Barrabás representou a revolução pela força e violência. Jesus, o Cristo, representa a revolução espiritual, mediante a persuasão e a implantação das realidades espirituais nas almas dos homens. Barrabás representou as causas físicas, materiais e políticas, bem como se utilizou dos métodos carnais para a obtenção dos resultados desejados. Jesus representa a causa celestial, a busca da alma, o desejo do coração de voltar-se para Deus. Barrabás representou as supostas necessidades do corpo. Jesus representa a necessidade da alma.
Barrabás representou o pecador, merecedor da pena da morte. Mas no corredor, entregue às mãos do carrasco, já recebeu o dom gratuito de Deus que é a salvação, por meio do sacrifício de Cristo Jesus. Jesus foi em seu lugar! Jesus é o bom pastor. Aquele que deu a sua vida pelas ovelhas e disse: quem vier a mim, de maneira nenhuma o lançarei fora.
Naquela fatídica sexta-feira, uma nação inteira foi confrontada com uma proposta de duas opções: Jesus Barrabás, ou, Jesus, chamado Cristo. Todos, por unanimidade escolheram o Jesus Barrabás. Mas, a proposta continua atual e urgente, em pleno século XXI, e é individual: qual Jesus você escolhe?
Aceita uma sugestão? Aceite o Jesus Emanuel, pois é Deus conosco. Morreu e ressuscitou. Venceu a morte e seu poder e pode dar vida a todo aquele que nele crer. Ele hoje “está à porta e bate. Se alguém ouvir a sua voz e abrir a porta, Ele entrará e ceará com você e você com Ele” (Apocalipse 3.20).
Em Cristo,
Paulo O. Junior